14/05/2018

Já nasceu no Largo de São Domingos o "jardim" criado pelo escultor Alberto Carneiro. Integra o Mapa de Arte Pública que, dentro de dias, terá uma versão também em inglês.


Três árvores em granito e uma oliveira natural, implantadas em dois canteiros relvados, constituem o jardim imaginado pelo escultor Alberto Carneiro para o Largo de São Domingos e que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, inaugurou neste fim de semana com a presença de Cláudio Carneiro e Catarina Rosendo, filho e viúva do artista falecido no ano passado.


Chamado "Três metáforas de árvores para uma árvore verdadeira", o conjunto escultórico está agora à vista de todos quantos passam por um dos mais movimentados locais da cidade. Cumpriu-se assim, simultaneamente, o desejo do escultor - que concebeu esta obra especificamente para aquele local - e a vontade partilhada por Rui Moreira com o falecido vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, de ter na cidade uma obra de Alberto Carneiro para fruição pública generalizada.


Mostrando satisfação pela concretização dessa vontade, o presidente considerou-a, por isso, também uma homenagem ao próprio ex-vereador e sublinhou que "nem as dificuldades de implantação fizeram alterar os planos iniciais", resultando numa valorização do Largo de São Domingos e do Centro Histórico do Porto.


De resto, "Três metáforas de árvores para uma árvore verdadeira" vem integrar o Mapa de Arte Pública que, muito brevemente, terá também edição em inglês, conforme revelou Rui Moreira durante a cerimónia, que foi sucedida de um evento do ciclo Um Objeto e seus Discursos por Semana.


Com a participação de Catarina Rosendo, que é também historiadora da arte, do arquiteto paisagista Pedro Prazeres e do engenheiro Floriano Santos, diretor da Cooperativa dos Pedreiros (onde a obra foi produzida), a sessão entrou ao pormenor na última criação do escultor, desde os detalhes de criação e fabrico até à localização, enquadrando-a no global da obra de Alberto Carneiro.


As três árvores em granito têm alturas de 5, 6 e 7 metros, com troncos esguios onde estão inscritas as palavras "Vida" e "Arte", temas recorrentes em toda a obra de Alberto Carneiro. Sobrepõem-se as copas, alongadas e estilizadas, marcando a verticalidade do local. 




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