23/01/2023

Tiradas as paragens de autocarros, o passeio da Rua de Alexandre Braga estendeu-se entre os dois quarteirões e aquela artéria junto ao Mercado do Bolhão é agora para uso primordial dos peões. Com um investimento de mais de 184 mil euros, este é o primeiro projeto concluído pelo recém-criado Gabinete do Espaço Público da empresa municipal GO Porto. Mais três estão já em andamento.


“Temos uma rua muito mais agradável para a cidade”, afirmou Rui Moreira, num passeio por Alexandre Braga na manhã desta segunda-feira. O presidente da Câmara do Porto lembrou que a estratégia do Município passa por ter na cidade 30 quilómetros de Zonas de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC). Cinco quilómetros dessa meta já estão em funcionamento.


A ideia é dar primazia à circulação de pessoas, com condições de segurança, “sempre com este espírito de ruas partilhadas” e dando “naturalmente condições para cargas e descargas”. “Isto vai permitir instalar aqui um conjunto de mobiliário que vai tornar a rua muito mais aprazível e muito mais bonita”, garante Rui Moreira.


A breve prazo, serão colocados naquela artéria caixões com árvores – à semelhança das que existem na Rua Álvares Cabral – e serão permitidas esplanadas para usufruto do comércio local. “Pretendemos que esta seja uma rua de fruição”, sublinhou o presidente da Câmara, lembrando o objetivo traçado de atingir a neutralidade carbónica até 2030.


Admitindo que “não há solução fácil”, Rui Moreira acredita que “temos que implementar medidas desta natureza, não só porque entendemos que a mobilidade fica facilitada com as obras do metro, mas também porque queremos uma cidade que seja, em termos ambientais, de sustentabilidade, diferente daquilo que é hoje”.



A pedonalização da Rua de Alexandre Braga é a primeira obra concluída pelo Gabinete do Espaço Público, “uma estrutura mais ágil para estas intervenções mais rápidas, que não implicam mexidas em infraestruturas enterradas”, explica o vereador do Urbanismo e Espaço Público, Pedro Baganha.


Em curso está, ainda, a beneficiação de pavimentos na Rua de Fernão Vaz Dourado e outras, a criação de uma plataforma na Rua Formosa de forma a disciplinar e aumentar a área destinada a paragem de autocarro e, também, a construção de um passeio na Rua Eng.º Nuno de Meireles para tornar a circulação pedonal mais segura e fluída.


O vereador lembrou que o plano de pedonalização “está a ser elaborado com as unidades orgânicas do Município e com a STCP” de forma a condicionar o trânsito de atravessamento na zona central e na baixa da cidade.


Os condicionamentos, recorda, podem recorrer à total proibição de circulação automóvel, às ZAAC (que estipulam um período limitado de tempo de permanência nas artérias) ou à limitação da velocidade.


“O plano determina a forma como a cidade vai reabrir depois do final das obras do metro”, sublinhou Pedro Baganha, e será “implementado de forma gradual”. “Parece-nos que, com a densificação da rede de transportes coletivos que o metro vai introduzir, faz sentido pensarmos a cidade de outra forma”, concluiu o vereador do Urbanismo e Espaço Público.

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