A reabilitação da Rua de Serralves surgiu pela necessidade de conferir uma uniformidade de largura ao traçado da artéria, bem como de a dotar de melhores condições de circulação e segurança, quer para a circulação automóvel, quer para os peões.
A intervenção, no troço compreendido entre a Avenida do Marechal Gomes da Costa e a Rua de Ciríaco Cardoso, numa extensão de cerca de 620 metros, contemplou trabalhos profundos ao nível dos pavimentos, através da reformulação e substituição integral da faixa de rodagem, estacionamentos e passeios.
Assim, além de proporcionar melhores condições para a circulação pedonal, com o alargamento dos passeios preexistentes, ordenou, ainda, a circulação viária, mantendo a faixa de circulação sempre com a mesma dimensão ao longo de toda a sua extensão e integrando uma faixa de estacionamento com 65 lugares.
A renovação das infraestruturas de abastecimento de água e de drenagem de águas pluviais, a instalação de novas redes de iluminação pública, a substituição do mobiliário urbano e dos equipamentos de resíduos sólidos urbanos e a remoção de todas as infraestruturas suspensas existentes em travessias aéreas foram também realizadas no âmbito desta reabilitação.
A intervenção contemplou, ainda, trabalhos na Rua do Mestre Mendes da Silva e na Rua de Cima, no troço compreendido entre a Rua de Serralves e a Rua do Professor Augusto Nobre.
No entroncamento da Rua de Serralves com a Rua do Mestre Mendes da Silva foi implantada uma plataforma onde coexistem a faixa de rodagem, de mesma largura do restante arruamento, com os passeios sobrelevados e estacionamento longitudinal.
A Rua do Mestre Mendes da Silva passou a ter um perfil transversal de partilha, tendo sido requalificada na sua extensão total. Uma vez que este arruamento não tem saída, foi também beneficiado com a introdução de uma “rotunda” no seu final, para inversão de marcha.
Foram ainda criados neste arruamento cinco lugares de estacionamento. No troço que se segue à entrada da Fundação de Serralves, até depois da Rua de Cima, onde o estreitamento do arruamento é mais evidente, adotou-se uma solução de partilha, procedendo-se ao nivelamento da faixa de rodagem com os passeios, através da colocação de guias niveladas.
A Rua de Cima foi também alvo de intervenção, tendo-se optado por um perfil transversal de partilha. Passou a ter uma faixa de rodagem de largura constante e implantou-se, no seu lado direito, uma baia de estacionamento para oito lugares.
As melhorias das condições de acessibilidade pedonal também foram asseguradas, com a aplicação de pavimento tátil nas zonas de travessia de peões. Igualmente, toda a área da intervenção foi dotada de sinalização rodoviária.
De destacar que a intervenção incluiu a criação, na Rua de Serralves, de uma praça nivelada pela cota do passeio, com um desenho de pavimento e plantação de árvores, em forma de leque e criada por camélias japónicas. Tal encontra-se situado junto à entrada da Fundação de Serralves, conferindo-lhe um espaço, simultaneamente, de entrada/hall e estadia.
O mobiliário urbano preexistente, nomeadamente o marco do correio, foi preservado, tendo sido recuperado e relocalizado. Já o chafariz, antes localizado no meio do passeio da Rua de Serralves, também foi mantido, em nova localização. Implementou-se, ainda, um novo bicicletário para o estacionamento de bicicletas, localizado no lado direito da Rua de Serralves.