16/02/2022

Em mais do que um sentido, a expressão “pôr mãos à obra” ajusta-se perfeitamente: pegar no livro “GO Porto. É obra!” é entrar no universo da intervenção desta empresa municipal na cidade. A publicação passa em revista duas décadas de atividade, olhando para o passado e perspetivando o futuro.


É uma obra que contém muitas obras. “GO Porto. É obra!”, a publicação que assinala os 20 anos de atividade da empresa municipal GO Porto – Gestão e Obras do Porto, foi apresentada ao final da tarde de terça-feira, numa cerimónia que decorreu no átrio do edifício dos Paços do Concelho. Foi a ocasião para evocar muito do trabalho feito nestas duas décadas, traduzido em mais de 350 milhões de euros de investimento, 650 empreitadas e um terço de ruas da cidade pavimentadas.


“Os números falam por si”, congratulou-se o presidente da Câmara do Porto, acrescentando: “Este livro é, antes de mais, um ato de memória, porque, indubitavelmente, existe um antes e depois na vida da cidade com a GO Porto.”





Recordando trabalhos emblemáticos da empresa, como a grande reabilitação dos Jardins do Palácio de Cristal ou a construção do novo Centro de Recolha Oficial de Animais, Rui Moreira congratulou-se pelo que tem sido feito pela GO Porto ao nível dos equipamentos culturais, citando três exemplos: “o antigo Museu do Vinho do Porto, hoje Museu da Cidade – Extensão do Douro”, “o Programa de Arte Pública, orquestrado pelo nosso querido e saudoso ex-vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva”, e “a requalificação do Cinema Batalha, que renascerá como Batalha Centro de Cinema”.


“Incontornável também é a referência à obra de restauro e modernização do Mercado do Bolhão, que se aproxima da sua reta final”, acrescentou o presidente da Câmara do Porto, assinalando que “nenhuma outra obra reuniu o consenso generalizado como o Bolhão”.


“Porque o futuro se constrói no presente”, Rui Moreira fez ainda questão de referir o “crucial” envolvimento da GO Porto na reconversão do antigo Matadouro Industrial de Campanhã. Uma “obra fundamental para o desenvolvimento da zona oriental do Porto e que, aliada a outros projetos, como o Terminal Intermodal de Campanhã ou a construção da nova ponte sobre o Douro, terá a capacidade de transpor barreiras físicas e cerzir a cidade.”


“Estou certo de que o trabalho de excelência e o compromisso com a cidade continuará bem entregue em todo e em cada um dos que diariamente constroem a história da GO Porto”, concluiu o autarca, frisando que esta é uma empresa que “não tem dívida, tem sempre resultados positivos.”


Obra, mas não só a obra


Na sessão, que contou com a presença do presidente da Assembleia Municipal, Sebastião Feyo de Azevedo, da provedora do munícipe do Porto, Maria José Azevedo, e da administração da GO Porto, o vereador Pedro Baganha, presidente do conselho de administração da empresa municipal, sublinhou o facto de a GO Porto ser “uma das maiores responsáveis pela fisionomia atual da cidade do Porto”.


“Tem como core da sua atividade a obra, mas não só a obra. A partir de 2017 a empresa ganhou uma nova valência, relacionada com a exploração de equipamentos municipais e património municipal não habitacional. Foi a primeira entidade do universo municipal a obter a certificação do sistema de Gestão de Qualidade (desde 2004) e já foi merecedora de prémios de reconhecimento público, como o INH, IHRU e Secil Arquitetura”, realçou Pedro Baganha, convidando a sua antecessora no cargo de presidente do conselho de administração da empresa, Catarina Araújo, a juntar-se-lhe para oferecerem um exemplar especial do livro a Rui Moreira.


A GO Porto “é a empresa mais antiga do universo municipal, e é também uma das mais pequenas de todas as participadas pelo Município do Porto”, destacou Pedro Baganha, notando que o livro “GO Porto. É obra!” celebra os 20 anos da empresa municipal, criada a 9 agosto 2000, embora a pandemia não tenha permitido que o lançamento fosse feito na data certa.


“É uma publicação de cariz celebrativo, mas não saudosista, porque evoca a obra da empresa mas acima de tudo ilustra o seu presente e aponta claramente ao futuro da empresa e das obras públicas no Município do Porto. É um livro que ilustra um conjunto de 20 obras selecionadas, algumas que já estão concluídas, outras estão em curso, outras apenas ainda em fase de projeto”, concluiu.


A vice-presidente do conselho de administração da GO Porto, Cátia Meirinhos, apresentou um historial da intervenção da empresa na cidade, notando a transversalidade do trabalho: “Fazemos todo o tipo de empreendimentos quer para a área da cultura, ambiente, educação, desporto, urbanismo, espaço público, mobilidade. Ao nível de todos os pelouros e departamentos da Câmara, a GO Porto tem sempre alguma intervenção e vai sempre fazendo obra na cidade.”


“O ano passado ficou marcado pela nossa transferência para o edifício São Dinis. Finalmente temos uma sede, um espaço nosso. Somos 38 trabalhadores, uma equipa multidisciplinar”, assinalou a arquiteta, notando que quase 50% da atividade da empresa é ao nível da empreitada, e congratulando-se com a taxa de sucesso junto do Tribunal de Contas.

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