A criação dos percursos pedonais com ligações mecanizadas surge como solução para resolver problemas de diferença de cota entre as zonas ribeirinhas e as zonas altas do Porto, em três pontos distintos: Miragaia, Palácio de Cristal e Virtudes.
O princípio deste investimento municipal passa por potenciar a mobilidade pedonal, dotando esses percursos de níveis de conforto e segurança, e facilitando o esforço da caminhada, permitindo melhorar a qualidade de vida de quem diariamente os percorre, ou abrindo a perspetiva de novos percursos, regenerando e revitalizando.
Quem sobe a zona de Miragaia, mais concretamente nas Escadas do Monte dos Judeus, dispõe de escadas rolantes como ajuda extra.
A intervenção que pretendia auxiliar a população envelhecida a deslocar-se, ligando o trajeto feito a pé entre a cota alta e a cota baixa da cidade, teve arranque em maio de 2019 e ficou concluída em junho de 2020.
Além das escadas mecanizadas, a intervenção inclui ainda novas rampas de acesso e a recuperação de pavimento e estruturas pré-existentes.
Enquadrada numa estratégia geral de desenvolvimento de uma rede interligada de percursos pedonais assistidos por meios mecanizados numa das zonas com orografia mais difícil do centro do Porto, esta obra pretende resolver a ausência de ligação entre Miragaia e a Cordoaria, facilitando o acesso da população que vive nesta zona ao Hospital de Santo António e a outros equipamentos existentes na cota alta.
A empreitada "Percursos Pedonais Ligações Mecanizadas - Miragaia" é o resultado de um projeto, apresentado inicialmente em 2015 por Rui Moreira, que teve por base um estudo que identificou mais dois pontos possíveis de ligação de cotas, nomeadamente, no Jardim das Virtudes e nos Jardins do Palácio de Cristal.
Desta forma, estes serão os próximos locais a ser intervencionados e a dispor também de apoios mecanizados, permitindo resolver, na totalidade, a falta de ligações entre as duas cotas da cidade.
A empreitada, levada a concurso público, ficou ao encargo da empresa Atlântinivel e foi gerida pela empresa municipal GO Porto - Gestão e Obras do Porto, representando um investimento municipal de aproximadamente 677,2 mil euros.