13/09/2024

No Porto, o dia 12 de setembro assinala novos começos. Para os 124 alunos da Escola Básica e Jardim de Infância dos Correios, inicia-se um novo ciclo, que, não só pelas aprendizagens e brincadeiras, vai ficar na memória. Após uma profunda renovação ao edifício escolar, as crianças foram recebidas com mais segurança e comodidade sob o olhar atento do presidente da Câmara, Rui Moreira.

 

De cara lavada, com novos pavimentos, uma cantina mais colorida, uma biblioteca que inspira a ler e espaços exteriores que convidam a brincadeiras ao ar livre, a renovada Escola Básica e Jardim de Infância dos Correios, na freguesia de Ramalde, acolheu, pela primeira vez desde o encerramento para os trabalhos de requalificação, os "inquilinos" de palmo e meio.

 

Ainda que a requalificação já tenha ficado concluída no mês de junho, só agora, na sequência do arranque do ano letivo 2024/2025, é que as portas da escola se abriram oficialmente para receber os 124 alunos – 39 do pré-escolar e 85 do 1.º ciclo do Ensino Básico –, que vão usufruir de um espaço potenciado a pensar nas suas necessidades diárias.

 

"Esta escola esteve para ser encerrada e nós resolvemos que isso não deveria acontecer. Também fizemos a reabilitação do Bairro dos Correios, porque consideramos que esta é uma área muito importante da cidade", notou Rui Moreira, ao recordar o processo que deu origem à empreitada na escola, que recebeu um investimento municipal na ordem dos 1,5 milhões de euros.

 

"Esta escola não deve nada às escolas privadas do Porto"

 

"Tivemos que lançar três vezes este concurso para poder adjudicar", lembrou o autarca portuense, que, ao ver o trabalho finalizado, se mostra satisfeito com os frutos de um esforço que envolveu toda a comunidade escolar.

 

Acompanhado pelo vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, e pelo vereador da Educação, Fernando Paulo, o presidente agradeceu "ao diretor pela paciência que teve", ao longo do período de obras. "Foi necessário realojar os alunos durante algum tempo na escola António Aroso [freguesia de Aldoar] e foi um trabalho difícil", assinalou Rui Moreira, saudando ainda os arquitetos que colocaram mãos à obra para dar um novo rosto ao edifício da década de 40.

 

"O edifício novo e o espaço exterior estão fantásticos. Esta escola não deve nada às escolas privadas do Porto", sublinhou o autarca, depois de ter visitado as oito salas – duas de Jardim de Infâncias e seis de Ensino Básico – que integram a escola, e onde as crianças já estreavam o material recém-chegado.

 

A renovação da Escola Básica dos Correios, levada a cabo pela empresa municipal GO Porto, compreendeu a substituição da cobertura do edifício, bem como pinturas interiores e exteriores.

 

No interior, o edifício ganhou um novo pavimento nas salas de aula, os tetos falsos foram reabilitados, as armaduras de iluminação foram substituídas e foram criados sanitários, nomeadamente para mobilidade condicionada. Foi ainda feita uma remodelação nas zonas de refeição, que agora são mais coloridas e convidativas.

 

A pensar nos dias mais chuvosos, foi construído um novo edifício para acomodar uma portaria e uma zona coberta de receção dos alunos. Na mesma zona, os alunos podem ter acesso a uma sala polivalente e uma biblioteca recheada de livros, assim como instalações sanitárias, balneários, vestiários e arrumos.

 

Para maior segurança e comodidade das crianças, os espaços exteriores foram também alvo de intervenção, através da substituição do pavimento do recreio, instalação de um novo parque infantil e da colocação de papeleiras, bebedouros, bancos e mesas.

 

"Temos direito a ser ressarcidos"

 

Com mais de 22.500 alunos a ingressarem nas escolas do Município, Rui Moreira não tem dúvidas que se inicia mais um "ano escolar que vai cumprir com aquilo que são as expectativas da população, dos pais, de toda a comunidade".

 

Em relação à carta que endereçou ao ministro da Educação no final da semana passada, o presidente da Câmara do Porto explicou que teve como propósito solicitar o reembolso de cerca de 580 mil euros – valor despendido pela autarquia para assegurar a presença de 184 assistentes operacionais na reabertura das escolas.

 

"Transferiram-nos as competências, transferiram pessoal e um cheque para pagar esse pessoal. Só que há uma parte desses funcionários que não pode, por razões de saúde, ser afeto às escolas, o que nos obrigou a criar uma bolsa de trabalhadores para garantir que as escolas pudessem funcionar", esclareceu Rui Moreira, detalhando a forma como o valor foi canalizado.

 

Apesar de estar certo que o Governo vai resolver a questão, que decorre da descentralização de competências na área da Educação, o presidente da Câmara do Porto assinalou: "Temos direito a ser ressarcidos".

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